segunda-feira, 31 de maio de 2010

Olhar que mata

Olha-me sem medo, deseja o meu corpo, meu beijo. Lembra-te de todos os momentos olhando-me nos olhos. Sente o calor do meu corpo e mata-me. Dilacera a minha pele, de prazer que tens dentro de ti impulsivamente. Faz ter prazer só de olhar para os teus olhos. Marra-me as asas e puxa-me o cabelo, rasga-me as roupas sem dó. Toca-me, toca o meu corpo desprotegido. Faz amor comigo como se o mundo acaba-se hoje. Faz-me gemer de exultação. Porque amanha o dia vai nascer de novo e as minhas asas estarão soltas. Prende-mas ao teu infinito. Fala-me ao ouvido doce frases de volúpia. Arrepia-me a pele. Amorna-me a temperatura faz subir a minha endrofina. Descontrola-te e descontrola-me. Olha-me sem parar com olhos de tentação. Passa a tua mão na minha cintura e enclaustra-a à tua. No fim olha-me com desejo, amor, cansaço.

Não digas só porque fica bem

Diz-me porque é que tens que fazer o que é suposto ser correcto, quando toda gente à tua volta gente disfarça o afecto. Essa máscara que tu usas, pode dar bom aspecto mas nas melhores das hipóteses, dá-te um falso intelecto. Eu sei que foi assim que te ensinaram a viver, mas não me venhas dizer que é assim que eu tenho que fazer. Não vivas em função de alguém, que provavelmente nem conheces muito bem. Neste mundo onde não cabem anjos alados. Piadas de mau gosto para os teus colegas? Segue o coração não há razão que não sossegue. Não digas as coisas só porque é bonito dizer. Não actues só porque fica bem o gesto. Não desperdices o teu tempo com pessoas inúteis. Não percas a tua serenidade com objectivos inalcançáveis. Perde-te no tempo e situa-te. Não erres, falhar não está na tua lista de sinónimos. Levante e ergue-te para o mundo lá fora. Não te rias dos outros, ri-te na cara dos hipócritas. Não dês muralismo a falsos muralistas. Goza. O mundo não é cor-de-rosa mas se quiseres é de todas as cores. O sol nasce para todos. Não queiras ser frustração. Não sejas um palco do cinismo, não sejas a censura inatingível. Não sejas medo de uma escolha que não esconde nada. O teu silêncio é condenado por ti, nada é ninguém, nada é assim. Não vivas em função da reacção que tanto te empenha. SEJA BEM-VINDA A HIPOCRISIA. CRESCE, o mundo é belo, não venhas com esse sorriso amarelo das revistas cor-de-rosa. Tu não sabes quem és… tenta lá ser honesto pelo menos só por um dia.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Para te abraçar…

Nunca me esqueceste
Nunca deixo de guardar
Num beijo teu
Eu desconheço a vida
Eu desconheço o espaço
Sem amar
Porque o que existe, existe
Mas não fiques triste
Por falhar
Porque és tu
Que faz de mim alguém
Porque és tu
Que estás no ar
Ao acordar sem ti
Não estás aqui
Para te abraçar
Eu faço mil promessas
Para acabar com as guerras
Sem gritar

O banho de espuma

O corpo sabe o que quer e tem bom gosto. Um banho quente, perfumado, os membros relaxados, a cabeça longe. É fácil viajar pelo aroma a baunilha e canela do gel de banho e da sua espuma ao mesmo tempo doce e leve. Até um lugar encantado, escondido atrás nas memórias. Fica completamente esquecido o conceito de que a função inicial á lavar o corpo, ultrapassado pelo puro prazer dos gestos como banhar, massajar, perfumar e prepara-lo para outras carícias que o esperam. A da toalha, seca aquecida, com um pequeno toque áspero disfarçado na maciez do tecido. O corpo enrola-se, sente-se acolhido e mimado de novo massajado com doçura, revigorado, quente. E contudo tão fresco, tão limpo, tão preparado…para o leve arrepio do perfume, a carícia do desodorizante, a pressão do pente nos cabelos molhados.
E assim visto roupa interior de tule que se cola à pele e valoriza sem esconder. De seguida o top a condizer com a cor dos meus cabelos e a velha calça de ganga, estou pronta para sair.

Adormecer

De olhos fechados, o coração parte para paisagens irreais, deslumbrante de silêncio. Morno entre os lençóis o corpo sabe que já anoiteceu. Agora o corpo toma posse total do seu império. O braço que procura é do próprio sono. Recusa-se a quebrar o ritmo da respiração cálida e lenta do palpitar sincopada da veia do pescoço. E quem disse que o ócio era preguiça, eu diria que o ócio e, porque prepara o espírito e o corpo para a acção…
Chchchchchchchch…silêncio…não perturbem este incomparável bem-estar.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Borboletas

Sabes o que são borboletas? Sim, mas não estou a falar das borboletas que voam e tem montes de cor. Estou a falar das borboletas que sentes quando te apaixonas. Nunca pensas-te nisso? Nem um bocadinho. Tenho a certeza que as sentes ou pelo menos já as sentistes.
É aquela sensação de contentamento de prazer imensa de felicidade que parece que vais explodir depois aquele inexpressivo, ou melhor aquele arrepio que sentes na pele mas que te aquece o coração. Depois de já te teres ambientado com a tua cara-metade e de já teres passado alguns momentos bons, sempre que te vem a memória aqueles momentos ou a imagem quase nítida dessa pessoa, começas a sentir o borbulhar no estômago a sensação de teres purpurina dentro de ti, a brilhar e a rodopiar, a isso eu chamo a sensação de borboletas no estômago, porque é a sensação de teres pequenas e inúmeras borboletas coloridas a bater as asas dentro de ti. Já aprecias-te uma borboleta a voar e reinar as suas cores.
Então deleita-te com esse encantamento. Repara bem no bater das asas de uma borboleta, a força que elas fazem para poderem se empurrarem para a frente e se manterem no ar, a vibração que isso faz a cada investida das suas asas. Inebria aparência da coloração, a feitiçaria que ali se espalha, o brilho que se dissemina quando o sol ofende e percorre as suas cores espelhando a seu sortilégio. Já sentis-te tudo isto?

Guarda...

Guardo em mim todas as memórias que me fazem bem, que me fortalecem. E peço-te que guardes todos os momentos que são meus. Que não espalhes ao vento o que é meu por direito. Que guardes, e devolvas o que demais tem de valor nelas/neles. Fala-me dos momentos que te fiz rir, que te abracei, que te beijei, que fizemos amor, sem pestanejares fala-me. Fala-me de contos de fada, de príncipes e princesas, rainhas e reis. Não me fales dos filmes de terror que inventam ao meu redor, dos monstros que me assombram. Continua a fazer das minhas memórias dos meus momentos um conto de fadas. Em que nessa historia só entra quem tu desejares que deva entrar. E por fim faz delas uma homenagem em meu nome. Como se eu fosse digna de tal elegância… E conta-me por fim as tuas memórias os teus momentos que eu guardarei as chaves dentro do meu coração, onde ninguém as encontrará. Onde só tu entrar e invades assim sem grandes esforços.

um dia destes

Um dia destes quando eu ganhar juízo conto-te a história de uma minha vida levada de improviso. Pode ser que deite a cabeça no teu regaço e aprenda a derramar uma lágrima por cada passo erro. Eu sei que tenho deus do meu lado mesmo quando não parece, ele está presente não carece de uma prece, que lhe aprece, julgamento, superior, está para além do no entendimento e pode ser que nesse dia diga-te que te amo perca o medo de te falhar e assuma o prejuízo e até nas minhas cicatrizes só mostro só mostra o superficial. Sou uma amante consoante a variante e o pouco que eu sei já perdi bastante, quero ser uma constante na equação da tua vida. Pode ser que seja hoje, pode ser que hoje não. Pode ser que o destino se arme em brincalhão. Pode ser que ganhe juízo, pode ser de improviso só para ver o teu sorriso. Um dia destes pode ser que seja hoje, que seja hoje então que abro mão do meu coração de ladrão, mulher de lata e leoa perdida num sonho que entre noutra dimensão faz de conta. Com as verdades que vou negando como brincadeira, com as promessas que vou achando serem verdadeiras, que no final do dia deixam todas, um sabor amargo. Eu tenho medo que o feitiço vire feiticeiro tenho medo que desta vez partas tu primeiro.

Adoro escrever

Adoro escrever, como adoro…como? Não sei se gosto de ouvir um gajo a rimar que pense e compense. Isto hoje está difícil não sei onde é que estou sobre o que rimar para que lado é que vou, porque tenho que agradar a todos e a mim também pensar naquilo que eu digo para não magoar ninguém, quando isto começou era menos complicado, não precisava de cuidado não chegava a tanto lado. E se digo uma asneira tenho que encontrar maneira de alterar o sentido quase de uma frase inteira. Se calhar penso bem, se calhar não devia, se calhar cago para isso, amanha é outro dia.

Se me quiseres magoar

Se me quiseres magoar, dilacera no meu corpo com um punhal. Crava-me desenhos de sangue na pele. Marca a ferro quente o teu amor. Tira-me o ar e faz-me rir. Faz-me cantar uma melodia muda de gritos de prazer por tanta dor. Amarra-me as asas e faz-me cair. Ou deixa-me sozinha a tropeçar em mim, sem ti.
Se me quiseres ver a sofrer faz magia com outra mulher. Lança feitiços sem destino. Navega pelas veias dos outros corpos. Canta poesia a lua e tapa-me os ouvidos. Conta as estrelas e esquece-te de mim. Pede desejos e deseja-me assim. Ou vira costas ao caminho que desenhei e marca o teu passo solitário mas mais forte do que qualquer sonho que eu pintei.
Se me quiseres matar, esquece-te de mim. Deixa-me a sangrar ate à última gota e vê, aprecia, goza. Troca-me o nome. Enterra-me viva. Tranca-me dentro de ti e deita fora as chaves. Torna os meus sonhos em pesadelos. Deixa-me caída com as asas amarradas. Confunde-me os sentidos. Deixa de GRITAR e deixa-me a GRITAR sozinha. Se me quiseres magoar tanto para me matares de sofrimento. Sai a correr e inventa uma desculpa. E não voltes.
Mas se algum dia me quiseres ver feliz, esquece todas as receitas e todos os protocolos.

As pequenas alegrias

Quem disse que as pequenas alegrias são menos sentidas do que as grandes?
As grandes rasgam-nos o peito, deixam-nos o coração a bater nos ouvidos, as gargalhadas soltam a boca muda e as lágrimas grossas. Mobilizam o corpo todo e a alma. Marcam-nos na vida fica num lugar iluminado da memória.
Mas as pequenas alegrias… às vezes, é um sussurro de água na fonte da nossa terra o som do sino da igreja, o sabor de infância encontrada num pastel de nata ou na massa crua de um bolo.
Às vezes, as notas harmoniosas da nossa música favorita enchem-nos a alma de prazer. Às vezes a palavra de conforto que já não esperas, o poema do livro aberto ao acaso e no qual tu lês.
Às vezes, a manhã de sol depois de muitos dias cinzentos ou simplesmente, a noite de verão quente sem uma brisa carregada do aroma esquecido de Lúcia-lima.

Os fortes tambem caem

A verdade é esta mesmo quando muitas vezes os outros olham para nos e vêem um exemplo de força e coragem...
... mesmo quando parece que nada nos afecta, que nada nos derruba...
... que de uma certa forma acabamos por ser intocáveis...
... é sobre essa forma que têm de nos ver que se esquecem...
... de que os mais fortes também caem...
.. e que essa queda costuma ser maior, apesar de disfarçada ela está lá, a obscurecer a nossa vida... a encher os sentimentos antes optimistas e sonhadores, com as trevas, a dor, a desilusão...
... é esse esquecimento que os outros têm desse facto tende a obrigar a esconder a actuar, como se fossemos artistas em cena no palco do teatro da nossa vida...
... sempre com o sentimento de desonestidade, que nos corroeu e acaba por destruir, apenas porque os outros se esquecem de que...
...os mais fortes também caem!!!

vida

Cada um tem de mim exactamente o que cativou, e cada um é responsável pelo que cativou, não suporto falsidade e mentira, a VERDADE Pode magoar, mas é SEMPRE mais DIGNA. Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a VIDA e VIVER Com PAIXÃO. Perder com classe e vencer com OUSADIA, pois o triunfo pertence a quem se ATREVE e a VIDA é muito para ser insignificante. Eu faço e abuso da FELICIDADE e não desisto dos meus sonhos. O mundo está nas mãos daqueles que tem CORAGEM de sonhar CORRER o RISCO de VIVER os SONHOS." Coragem. Coragem. Coragem é não buscar desculpas para ser feliz!

Afasta esses pensamentos de mim.

Hoje não acredito nos teus olhos, tem milhões e milhão de confusões abre-te ao mundo e dorme apenas sobre o assunto. Porque assim que conseguires abrir a mente livras-te de todos os pensamentos maus. Porque assim, tu agora deixas-me assustada. Neste momento não sei em quem acredito, estou confusa sinto-me sozinha e tudo há minha volta parece vazio. Eu sei que é tarde para parar mas eu apenas fico e que tudo nunca é como vemos. Porque tenho tantas incertezas e outras tantas que são tão certas e eu deixo que me ensines a gostar do que vejo. Isto parece uma facada nas minhas costas e um tornado dentro de mim. É difícil explicar mas é o que sinto. Eu gostava de me salvar destes pensamentos ter a plenitude que me invade a alma. É difícil ficar mas eu fico e tento-te perceber porque tudo o que vejo não é assim. A minha mente está aberta e por isso afasta estes pensamentos de mim e sinto-me bastante sufocada, por favor afasta estes pensamentos de mim. Parece que és comandado por um chip. Deixa isso de lado e acorda. São milhões e milhões de confusões que eu odeio e quero que se vão embora olho para esses olhos não os compreendo. Não sei como foram ai parar e acredita que são muito bizarros nem sei como me expressar nem aguenta-los a olhar para mim.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Estva enganada

Estavas enganada, o som que se ouvia ao longe, era da chuva mansa que consolava o chão. Já não era eu sentada do lado de fora do teu quarto a chorar. De todas as vezes que fez frio dentro de nós foste tu que devolveste o calor, foste tu sim, que chegaste e, abriste todas as janelas, foste tu que me mostraste o lado do Sol, depois, da noite cair. Foste sempre tu, em todos os momentos. Depois de me habituares ao teu lado quente, depois de me desprenderes dos vazios que carregava em mim (e que julgava serem as minhas coisas preciosas), depois de me mostrares ate que ponto um ser humano pode encontrar a felicidade…

Julguei

Julguei, erradamente, que as palavras eram bengalas. Só úteis para quem não conhece os seus passos, para quem tropeça em mentiras, para quem não sabe onde está nem para onde vai. Julguei que éramos certos, que tínhamos passos firmes, que usávamos bengalas só com os outros. Julguei que éramos desprovidos de artifícios. Que era nua a tua alma perante a minha. Que era nua a minha alma em frente a tua. Julguei que nos aguentávamos, sem bengalas. Que eram fortes as tuas pernas e certos os meus passos. Não me seguiste, não te vi à minha frente nunca. De mãos dadas, lado a lado. Sem bengalas.
Sem palavras. Não sei distinguir o momento exacto em que fraquejamos. Senti-te balançar ao meu lado. Ouve um barulho ensurdecedor, num daqueles momentos em que as coisas acontecem em câmara lenta, como nos filmes, vi-te cair, despropositadamente, ao meu lado. Não sei onde nos perdermos, sei que não foi ali, nem naquele momento. A tua mão já não pedia a minha, a minha já não se estendia para a tua. Não havia acção espontânea que nos ligasse. Acabou-se a sintonia, a melodia ritmada por uma coisa qualquer que não precisamos nunca de cantar. E na tua queda, que se prolongou por demasiado tempo, num sítio que não me recordo agora, perderam-se os passos certos. Os caminhos a direito, sem indicações.
Deixei-te lá, a cair continuamente, sem pedir ajuda, porque não usamos palavras, não temos bengalas a segurar o nosso amor.

Disseram-me que há grandes amores que acabam assim, quando deixa de haver magia. Que se afastam sem saberem, que quando caiem já nada mais há para reerguer. Quando voltei, com os passos pouco certos, muito apressados, trazia uma bengala na mão para me amparar. Já não era eu, despida de artifícios, já não era pura a minha alma. E não me importei de te estender a mão quando me pediste, não me importei de não ser espontâneo o meu acto, nem me importei de ser em desespero o teu pedido. Quando me sentei ao teu lado para discutir os próximos passos, não fiquei triste por já não ser indiscutível o nosso caminho, por não ser certo e sem mapa. Quando nos reerguemos, de bengalas em punho, não me importei de precisar de ajuda, não me importei de te falar disso. Quando todos os passos que se seguiram foram dados de mapa na mão, não fiquei triste por não saber o caminho de cor. Eu sei que não foi bonito, que não é digno de uma história de embalar, sei que não vão falar de nós no futuro, e que as meninas não vão sonhar em ser eu. Quando te vi cair, não cai contigo. E sempre achei que não saberia seguir este caminho sem ti, mas sei. Há qualquer coisa em mim, pouco mágica, que me faz conter as lágrimas e continuar. E quando decido voltar é porque quero e não porque estava programado.

Desejo

Desejo-te…
Desejo sentir o teu rosto no meu
A tua pele colada à minha
Desejo…
Desejo abraçar-te e não me sentir perdida…
Perdida na solidão que me consome.
Achar-me um dia
Anseio pelo teu toque.
Quente, suave…
Cheirar…
Cheirar o teu aroma.
Fresco, calmante, sedutor…
Lembrar-me…
Lembrar de um dia especial (tantos =) )
Que me reconfortem um dia
Anseio…por ti.
Inevitável…
Inevitável deixar de me encontrar
Num ser que tem tanto para dar
És tu…amor perdido que tento há muito tempo encontrar!
O que sinto por ti, é impossível de definir impossível de resumir. Porém sei que é verdadeiro aquele que o vento não leva, a distância não separa e a maldade não destrói…
São tantas as coisas que quero escrever, não sei se há palavras ou se as sei escolher. E a cada beijo teu descubro um infinito. E o coração bate mais depressa…difícil de parar. A mente concentra-se e pede mais.
Mais um beijo teu. Esse beijo, que sabe a tudo, que me pára o tempo e me distraí.
Adorar…
Adorar-te ao princípio era apenas um rumor alegre da minha alma. Depois…insistente, incomodativo, que sufoca que acorda. Mas sei o quero e entreguei-me a pressão interior. Inevitável é vício. Adorar cada momento juntos. Adorar…olhar-te intensamente. Adorar… o teu beijo, tuas mãos teu corpo.
Corpo, esse que faz de mim Mulher. Toque… o toque das tuas mãos, que faz meu coração perder a voz, para ouvir apenas o seu próprio batimento. Este é o ritmo do meu corpo que se entrega, sem tempo, sem culpa, sem pressa, que corta todas as amarras para seguir em frente para o tal caminho infinito que nos leva entre maravilhas, ao lugar mágico, que a nossa imaginação consegue inventar.
É então que, conseguimos abstrair mo nos da realidade, que nos cerca e acreditamos que há algo mais à nossa espera. E o espírito se inunda de luz e o corpo flutua, imponderável, acima do chão. É o suor ligeiro e as borboletas na barriga, a pele quente e a endrofina a subir, e este bem-estar físico e psicológico, o corpo toma consciência e sabe a perfeito. É carícia de tão leve e morna tentação.
Adorar…é o que sinto? É mais que isso…é não te querer perder e querer-te só para mim.
E maldito é o tempo que se acaba quando estou contigo, maldito é o tempo que te esconde quando te preciso de ti.
Diz-me que o tempo não passa…
Diz-me que o tempo não passa e que o amanhã não virá jamais.
Diz-me que o tempo não passa e tu não vais…
Como é que eu peço à lua para não deixar o sol brilhar? Como é que peço ao dia para se afastar e não acabar. Quem me dera ter magia para não deixar o tempo passar.
E se hoje estás aqui, amanhã estarei perdida sem ti. De que vale o que me dás, se amanhã não estás… Vou pedir ao céu para não amanhecer, vou pedir à noite para não desaparecer. Vou pedir às estrelas para não morrerem e não te perder.
Sabes tudo sobre mim (ou quase tudo) tudo o que sinto (mesmo de mau humor).
Tudo o que penso. Tudo o que se passa no meu pensamento. Tudo o que desejo. Tu…
15\07\2009

Conhecimento

Não sei qual é o Deus que tu rezas nem sobre o que manifestas mas deixa o conhecimento entrar em ti com um som de uma orquestra que toca melodias em plena sinfonia a pratica igualasse á teoria pelo menos por um dia. Onde a coisa mais serena e o furacão mais violento dançam entre si á luz do conhecimento.
Esquece tudo o que te rodeia e abre o teu espírito nesta nova odisseia encantados como sereias tenta perceber o que receias e entender o que odeias e talvez ai estejas mesmo preparado para entrar neste mundo que acaba de ser encontrado. E quando realmente chegares, vais ver que nunca estives te tão perto faltava apenas informação e conhecimento não tentes ver as coisas por fora tenta ver as coisas por dentro.
Porque eu trato o quê? Eu movimento o quê? Porque tu já sabes é o meu conhecimento…Então vê a forma que escrevo, e que eu vejo e vê a forma que eu faço os meus versos, porque este é o conhecimento que eu levo a um novo universo.
Entre folhas e canetas as palavras voam como borboletas trazendo a Primavera a este planeta, a floresta é fonte de conhecimento á medida que o vento supra ao ritmo que as palavras fazem frases como instrumentos e bailarinas, tornar qualquer beco e esquina num anfiteatro desta opera falar em todos os dialectos escrever em todos os alfabetos, tornar o longe mais perto, abrir o que não esta aberto.
Palavras são palavras cabe ao homem escreve-las certo o discurso é directo decifrado como código. Letras são as notas neste universo melódico de linhas de um caderno, escritas como um toque de flauta, de verdades de mentiras de sonhos e realidades e eu mantenho-me entretida entre vogais e consoantes que chocam entre si como esposas e amantes, como o escuro do silêncio e o brilho do diamante. E eu mantenho-me distante entre o sentimental e o controverso e tenho o maior orgulho de pretender a este universo.
Entre o fret e a liberdade eu luto para ser livre e presa nesta sociedade eu luto pelo que nunca tive e sou uma rapariga que vivo com a vida me trás e parto para a guerra mas com os olhos na paz. Talvez um dia encontro tudo aquilo que procuro mas mesmo que eu não encontre e a minha escrita faz a ponte na minha realização e um olhar sobre o horizonte. A poesia que nunca foi dita a rima que nunca foi escrita eu abre o dicionário e faço amor com a palavra mais bonita.

Desorientação

Desorientação é o que sinto quando o meu olhar se perde no infinito…quando perco me nas palavras e pensamentos. Quando não sei onde estou mas a poucos segundos sabia exactamente onde me encontrava. Desorientação não é estar perdida, é estar descontrolada no tempo, pensar em montes de coisas e não pensar em nada ao mesmo tempo. É fazer perguntas a toda à hora e saber rigorosamente todas as respostas… ou pelo menos pensar que sei e mesmo assim perguntar só mais uma vez para ter a certeza de que estou errada. Sei fielmente que não posso voltar atrás no momento em que me desorientei, nem nada vai mudar o que esta escrito. Porque a minha história foi feita por mãos sabidas que ilustraram toda a minha existência. Não escreveram só a minha desorientação, mas a minha angústia, a minha dor como ser humano, a minha felicidade. No centro da desorientação preciso sempre de uma mão amiga e não de falsos muralismos. Esta mão amiga orienta-me em qualquer situação, não me faz perder o controlo, controla-me, faz-me reflectir sobre as minhas dúvidas e os meus pensamentos, faz-me dizer as palavras certas sem nunca me engasgar. Quando não tenho esta mão amiga a desorientação volta e o ciclo volta ao que era.